segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Uma breve exposição de Cumulonimbus

As Cumulonimbus, também conhecidas pela sigla "CB" na Meteorologia Aeronáutica, são nuvens imponentes, fortes e de grande desenvolvimento vertical na atmosfera. Elas podem se estender de 600 m partindo da superfície até 15 ou 20 km verticalmente, em média. Sua formação se deve ao movimento de convecção, que é um processo de instabilidade em nossa atmosfera, resultante de um gradiente de temperatura, umidade e pressão entre a superfície e a troposfera. Um exemplo simples desse processo de convecção: ao longo de uma tarde com muito sol e calor, havendo umidade em quantidade suficiente para se evaporar da superfície, essa camada de ar úmido e quente ascende e se resfria, condensando-se e formando as nuvens Cumulus, que por sua vez vão ganhando mais e mais umidade condensada, e cada vez mais aumentando-se (com a ajuda de um processo chamado de "colisão e coalescência" das gotas e cristais de gelo no interior da nuvem)... resultado: uma Cumulus ao se desenvolver torna-se uma Cumulus Congestus, que poderá se tornar a Cumulonimbus ("Nimbus" vem do latim e significa chuva). Já reparam que depois de uma situação numa tarde como essa descrita, sempre vem um aguaceiro?? Pois então. E isso é típico da estação de verão na maior parte do nosso país.
Pois bem, a Cumulonimbus é uma nuvem de trovoadas (raios, relâmpagos e trovões), ventos fortes com rajadas e granizo, em grandes quantidadades no céu elas escurecem o tempo com suas bases sombrias; são constituídas por gotas d'água, cristais de gelo, granizo e algumas vezes flocos de neve. São elas que geram nuvens em formato de funil e também os tornados.
Em algumas situações elas exibem uma forma de nuvem de bomba atômica (quando se está distante dela). Ela pode vir associada a um topo de Cirrus, formando um formato de "bigorna", pois se extende horizontalmente de acordo com o vento superior; dessa forma, recebe o nome de Capillatus como espécie, e já na ausência de uma bigorna sua espécie se torna a Calvus. Sim, exatamente o que vocês podem estar pensando, "com cabelo" e "sem cabelo", rsrs.
Abaixo algumas boas imagens das Cumulonimbus! Apreciem!


Estas acima foram tiradas no bairro Cidade Jardim, Uberlândia/MG, numa tarde de 16 de janeiro deste ano. Focalizando o centro da cidade.



Já abaixo, um CB visto no Aeroporto de Uberlândia na madrugada do dia 26/01/11, bem no momento de um relâmpago... por segundos a foto não ficou melhor, hehehe.


Agora o mesmo CB visto de outro ângulo do Aeroporto na mesma madrugada... à noite além do efeito luminoso dos relâmpagos podemos perceber a "vermelhidão" do céu das luzes da cidade refletindo em sua base.

Agora dois longínquos Cumulonimbus Capillatus. À direita com a nítida "bigorna" , já à esquerda temos a impressão de ser uma nuvem de bomba atômica.


  






Abaixo, algumas imagens da janela do meu apartamento em meados de dezembro do ano passado...




Por hoje é só, espero que tenham gostado. Logo volto com mais, tenho fotos magníficas pra mostrar!
Abraços.

Fim de tarde alaranjado


Foto tirada no entardecer do dia 14 de janeiro. De repente o céu nublado foi tendo um efeito laranja e com a presença das nuvens (de baixo pra cima) Stratus, Stratocumulos, e ainda uma grande parte de Altostratus com Cirrus.
Conforme o tempo foi passando a coloração se tornava mais forte, como vocês podem ver abaixo:


As duas fotos foram feitas por mim no bairro Cidade Jardim em Uberlândia/MG, mas tendo como foco a direção do centro da cidade.
Bom, outra hora eu volto com mais, até!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Os 10 principais gêneros de nuvens

Olá meus caros, dêem as mãos e olhem para o céu... rsrs, to brincando, só olhem para o céu, hehe.
Achei necessário, antes de postar fotos de nuvens e mais nuvens, fazer uma breve apresentação de seus tipos. Espero que todas ainda possam aparecer por aqui, e de preferência com minha autoria de registro, rsrs.
Pois bem, as nuvens são divididas em 10 principais gêneros, e assim como os animais e as plantas, a ciência as classificou com denominações de origem latina (ex.: Cumulus, Stratus, etc.); essas nomenclaturas são de acordo com sua altura e aparência. Pela aparência são divididas entre nuvens estratiformes, cumuliformes e cirriformes. E pela altura entre nuvens baixas (Stratus, Cumulus, Nimbustratus e Stratocumulus), médias (Altocumulus e Altostratus) e altas (Cirrus, Cirrostratus e Cirrocumulus). Existem também nuvens de maior desenvolvimento vertical, chamadas de nuvens convectivas (o processo de convecção na atmosfera será explicado oportunamente), que são as Cumulos Congestus e as Cumulonimbus; esta última em especial, pois ela é a única que atinge todas as camadas de nuvens da mais baixa a mais alta, podendo atingir mais de 13km verticalmente a partir da superfície. É também a nuvem das tempestades, raios, trovões, fortes chuvas, tornados e etc. porém a sua existência em determinado lugar não significa necessariamente a ocorrência de todas estas condições severas.
Além destes gêneros as nuvens adquirem ainda outras características que são consideradas por “espécies”, “variedades” e algumas características suplementares. Os gêneros de nuvens podem tanto aparecer sozinhos e isolados, como misturados e/ou associados.
Calma, isso ficará mais claro com imagens, e exemplos não vão faltar aqui, rsrs.
Vejam abaixo uma tabela bem clara que ilustra estes 10 gêneros principais. A tabela foi extraída do site da Sociedade dos Apreciadores de Nuvens (http://cloudappreciationsociety.org/), que fazem um trabalho fantástico pra quem gosta do assunto e que não precisa ser cientista pra isso.
Até a próxima!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

As Altocumulus e seu aspecto "encarneirado"



Acima observamos algumas fotos de nuvens do tipo Altocumulos, tiradas do setor oeste da cidade de Uberlândia, no período da tarde em meados de outubro do ano passado. Estas nuvens se encontram na foto em torno de 2100 a 2400 metros da superfície. Em alguns casos se pararmos para observá-las tendo um ponto de referência fixo no solo, podemos perceber a sua movimentação. Quando em grande quantidade elas dão ao céu certo aspecto “encarneirado”, que é belíssimo. As Altocumulos são constituídas de cristais de gelo em suspensão e jamais causam precipitação, mas podem vir associadas a outros tipos de nuvens na ocorrência de uma frente fria.

Já abaixo observamos Altocumulos que foram registradas do setor nordeste do Aeroporto de Uberlândia também em outubro do ano passado. Registradas no período da manhã, encobriam 70% do céu. Quando ocorrem desse modo, em grande quantidade pela manhã, indicam convecções e trovoadas para a tarde.



sábado, 15 de janeiro de 2011

Boas vindas


Sejam bem vindos ao Blog de Nuvens!
Este blog visa exibir fotos e vídeos do comportamento da atmosfera terrestre nos mais diferentes pontos do planeta assim como das próprias observações de seu autor e/ou colaboradores.
As abordagens aqui apresentadas se enquadrarão por vezes dentro de conceitos meteorológicos/técnicos, e em outros momentos de uma forma puramente contemplativa, já que muitas vezes as nuvens juntamente com os variados fenômenos da atmosfera formam paisagens que são verdadeiras obras de arte.
Aos interessados, sintam-se à vontade para enviar fotos e comentários.
Abraços,
F. Ferfoglia